quarta-feira, 24 de novembro de 2010

DG do STF confirma reunião da Fenajufe com ministro Peluso

Hoje (24), enquanto ocorria a manifestação nas mediações do STF e do Palácio do Planalto, os coordenadores da Fenajufe Ramiro López e Roberto Policarpo se reuniram com o diretor geral do STF, Alcides Diniz. Na ocasião, os dirigentes sindicais cobraram do representante do Supremo alguma posição sobre as negociações e a reunião prevista entre o ministro Cezar Peluso e o presidente Lula.

Segundo Alcides Diniz, o encontro dos dois presidentes para discutir o PCS dos servidores ainda não foi agendado, mas, de acordo com ele, o STF aguarda a confirmação da audiência com a Presidência da República. Há a possibilidade, conforme informou Alcides aos coordenadores da Fenajufe, de haver reuniões entre o STF com outros setores do Executivo, para tratar dos recursos orçamentários necessários à aprovação do plano.

Alcides informou, também, que a reunião da Fenajufe nesta quinta-feira [25], com o ministro Cezar Peluso, no STF, está confirmada.

Ramiro López avalia que a reunião com o diretor geral do STF foi importante, porque sinalizou que há uma movimentação para que as negociações sejam, de fato, concluídas. Ele alertou, no entanto, que a categoria precisa se manter mobilizada e intensificar a greve nos próximos dias. “Aqueles estados que ainda não conseguiram deflagrar a greve, devem aumentar as mobilizações nos locais de trabalho visando o crescimento do movimento em todo o país”, finaliza.

Ao final do ato, Roberto Policarpo reforçou que os servidores precisam se manter unidos nesse momento crucial da luta em defesa dos planos de cargos e salários. “Esse ato de hoje conseguiu chamar a atenção do STF, do governo e da imprensa. E, por isso, precisamos continuar mobilizados, de forma unificada”, ressaltou Policarpo, informando que o Distrito Federal continuará promovendo assembleias setoriais e mobilizações nos locais de trabalho nesta e na próxima semana.
Da Fenajufe – Leonor Costa
Postado por: Clarice Camargo

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Diretor do STF: não há delírio em reajuste de 56% ao Judiciário

11 de novembro de 2010 • 21h38 • atualizado às 22h55

Reduzir Normal Aumentar Imprimir O diretor-geral do Supremo Tribunal Federal (STF), Alcides Diniz, afirmou nesta quinta-feira que "não há delírio algum" na proposta de reajuste do Judiciário da União em 56%. Segundo ele, a implantação deve impactar em R$ 6,7 bi os cofres públicos, beneficiando 107 mil servidores, incluindo aposentados, inativos e pensionistas. A afirmação rebate a crítica do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que afirmou esta semana que falar em um aumento de 50% com uma inflação de 5% é "meio delirante".

Diniz também afirmou que entende a posição do ministro do Planejamento. "Ele é gestor, tem que ficar em posição de defesa. Ele está cumprindo seu dever e nós o nosso. Se algo não for feito, o Judiciário vai entrar em colapso". Alcides Diniz afirmou que a expectativa é que a negociação com a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) ocorra ainda este ano.

Segundo o diretor-geral do STF, o aumento não é destinado à recomposição de perdas inflacionárias, e sim para manter em seus quadros os funcionários que preferem migrar para outras carreiras em busca de melhores salários. "Hoje, o Judiciário não consegue manter seus quadros de pessoal em função da defasagem da remuneração, que está muito aquém de outras carreiras públicas no Executivo, no Legislativo e no Tribunal de Contas da União".

O diretor disse que o aumento é apenas para as tabelas com as demais carreiras, e que ainda assim está 20% abaixo dos valores nos demais poderes. "Se a gente fosse equiparar, o impacto seria de R$ 10 bi, mas preferimos colocar para menos para ficar dentro do limite prudencial proposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal". O último reajuste dos servidores do Judiciário, de cerca de 50%, foi concedido em 2006 e pago em seis parcelas semestrais.

Fonte: Agência Brasil